sábado, 27 de dezembro de 2008

Para refletir...

Envolvida no clima de fim de ano, com um pouco de atraso, gostaria de deixar uma mensagem que é uma das justificativas da realização de nossa pesquisa:

"É do cultivo dado à infância, da sua direção nos primeiros anos, que advirá a formação do caráter e da mentalidade da geração que nos há de suceder" (Antonio Caetano de Campos)

Esperamos que a nova geração possa ir de encontro às suas expectativas em relação ao futuro com o apoio do mundo dos adultos, uma vez que é a partir das trocas e experiências infantis com o mundo exterior que as crianças se desenvolvem.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Tempo de Festa!

Chega essa época do ano e todos estão programando suas férias, comemorações em famílias e planos para o próximo ano.

Então, não poderíamos deixar de desejar muitas alegrias para as festas de fim de ano a todos aqueles que compartilharam conosco as aventuras, as pesquisas, as leituras, as atividades e as expectativas em relação ao nosso trabalho de mestrado.

É claro que esperávamos mais resultados ainda este ano. Mas acreditamos que caminhamos boa parte do que pretendíamos. Novas etapas nos aguardam para o próximo ano e precisamos manter o entusiasmo.

Mas para este clima de festa, decidimos deixar uma mensagem que recebemos do Ético Sistema de Ensino e que tem relação direta com o que vivemos até aqui:

“Escolha Acreditar!
Natal é tempo de acreditar.
Acredite nas promessas e nos sorrisos,
Nos sonhos e nas expectativas,
Nos recomeços e nos caminhos,
Nas alternativas e nas escolhas.
Acredite que você pode fazer um 2009 cheio de alegrias”

Felicidades a todos!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Sem respostas

Ainda não conseguimos entender perfeitamente qual foi o problema técnico que impediu a realização de nossa pesquisa com as crianças. Mas esperamos em breve conhecer suas causas.

Assim que descobrirmos o que aconteceu, poderemos pensar em soluções para que a pesquisa seja realizada em fevereiro, quando as aulas das crianças retornarem.

Enquanto isso, nosso trabalho não pode parar. Estamos selecionando novos textos e livros para ampliar nossas discussões sobre a construção de sites.

Uma dica é o livro “Homepage: 50 websites desconstruídos”, de Jakob Nielsen. Nele estamos encontrando observações que vão nos ajudar na eficiência de nosso webjornal.

Como tivemos o problema com a finalização do site na última semana, novas idéias podem surgir nos próximos meses para contribuir para uma melhor apresentação visual e de conteúdo do webjornal.

Então, vamos às leituras, às reflexões e às possíveis soluções.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Infelizmente...

Depois de sete meses de encontros, estudos, pesquisas e muito trabalho, o nosso webjornal não está no ar.

Mesmo com todo planejamento, enfrentamos problemas técnicos. Problemas que fugiram de nosso controle. Ainda não entendemos muito bem o que aconteceu. Sabemos somente que não conseguimos cumprir o nosso compromisso com as crianças e com a nossa pesquisa. E não foi por falta de tentativa. Tentamos solucionar o problema, mas ele se repetiu.

Não foi nada fácil explicar para as crianças que não veriam o site como tínhamos combinado há algumas semanas. Com as férias se aproximando, não seria mais possível marcar outro dia para nossa visita ao webjornal infantil.

Em nossa conversa, deixamos claro que as tecnologias são assim. Podem nos deixar na mão. E foi o que aconteceu com nosso site. Infelizmente...

Mas não vamos desistir da construção do webjornal. Em 2009, retomamos nossos testes e esperamos colocar o site no ar, sem qualquer problema técnico. E quem sabe, se esses problemas não são um aprendizado para nossa pesquisa ficar melhor.

Enfim, não há mais o que falar, ficam apenas nossos pedidos de desculpas, especialmente às nossas crianças. Todos nós ficamos muito frustrados, afinal uma expectativa se quebrou.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Em construção (parte 2)...

O dia da apresentação do webjornal se aproxima. Estamos ansiosos e esperamos que as crianças também estejam.

A semana foi de definições finais e de elaboração de textos para o site. Mas ainda faltam as matérias jornalísticas, pois como o site é de jornalismo factual temos que escrever esses textos em uma data mais próxima à pesquisa. Por isso, a primeira atualização será apenas na segunda-feira, na véspera de nosso encontro com as crianças.

Também estamos esquematizando a realização da etapa final da pesquisa. Precisamos observar, e muito bem, como será a relação das crianças com e no webjornal. Para isso, contamos com a participação mais do que ativa de nosso grupo no dia 02!

E a equipe de produção do webjornal está empenhada em finalizar o site e cumprir o que estabelecemos em nossas reuniões e conversas sobre o universo infantil.

Com todos, à espera do resultado dessa construção, esperamos que a conexão à internet esteja, dessa vez, a nosso favor, tanto na hospedagem do site quanto no dia da navegação das crianças.

Enfim, os próximos dias prometem muitas surpresas, agradáveis de preferência!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Nova data!

Com a produção do site caminhando para cumprirmos o prazo que estabelecemos com as crianças, fomos informados que deveríamos alterar nosso cronograma.

Em conversa com a coordenadora da escola para acertarmos os últimos detalhes de nossa visita à escola e do uso do laboratório, ela nos informou sobre a alteração da prova estadual de ensino, que ocorrerá na escola, para os dias 27 e 28 de novembro e 01º de dezembro.

Mesmo com a 5ª série não participando dessa prova, torna-se inviável nossa ida à escola nessas datas porque os alunos podem não se concentrar com o “agito” no laboratório de informática.

Respeitamos a posição da escola, mas ficamos preocupados com a pesquisa. Afinal, a turma já está para sair de férias!

Mas como nossas crianças estão ansiosas para ver o site, conversamos e decidimos que faremos a visita ao webjornal no dia 02 de dezembro. Elas se comprometeram a ir à escola nesse dia, mesmo com o encerramento de muitas disciplinas.

Então, como temos apenas 9 computadores no laboratório e a turma tem 36 alunos, vamos formar quatro grupos que vão realizar a pesquisa no laboratório durante as aulas. Já combinamos essa divisão com as crianças e com a professora de Português. E para nos ajudar, a professora de História também permitiu que dois grupos de alunos se ausentem em suas aulas na terça-feira da pesquisa. Obrigada!

Agora, nossa equipe de produção do site ganha mais 5 dias para finalizar o webjornal. Lembramos que o nosso site é experimental, por isso é tão importante mostrá-lo às crianças e observar como ele será recebido. Será que elas vão gostar? Estamos nos dedicando, e muito, para que sim.

Mas o resultado final só no dia 02 de dezembro. Até lá, um pouco mais de ansiedade e muito trabalho!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Em construção...

Como as datas da próxima etapa da pesquisa com as crianças já estão marcadas, estamos agilizando o processo de produção de nosso webjornal.

Já temos em mãos alguns dos elementos visuais que vão compor nosso site, porém eles ficam em suspense para a data oficial da veiculação.

A cada esboço, desenho, traço, cor, visualizamos parte de nosso jornal. E, ao mesmo tempo, tentamos vislumbrar o que as crianças vão achar e se vão gostar de nossa produção.

É claro que a construção do site tem como base todos os dados que obtivemos com nosso grupo de pesquisa, além de nossa observação sobre o universo infantil e dos sites já existentes.

Porém, também deixamos a criatividade aflorar...

Gostaríamos de ter contado mais com a participação de nossas crianças em nossos ambientes virtuais, mas entendemos essa certa ausência como contribuições para criar expectativas para todos nós.

Com o dia da produção final se aproximando, não podemos nos esquecer da empenhada equipe que está nos ajudando na construção do site. Obrigada!

E às nossas crianças, esperamos atender seus interesses com o webjornal infantil!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Nossa agenda

O mês já começou bem atarefado.

Com o documento em mãos da autorização da continuidade da pesquisa na escola, entramos em contato com a direção e com a professora que acompanhou nossa pesquisa no semestre passado.

Definimos que a pesquisa com o nosso webjornal será realizada no laboratório da escola, já que os computadores estão com uma velocidade bem maior. Consultamos o técnico de informática de nossa pesquisa e ele também acredita que não teremos problemas com a conexão nessa etapa. Ficamos na esperança de que tudo aconteça da forma que estamos programando.

Quanto às nossas crianças, tivemos um breve encontro. Há novas carinhas na sala de aula. Espero que elas também se empolguem com a pesquisa, assim como demonstraram seus colegas quando nos viram novamente.

O grupo apenas não gostou quando contamos que a ida à Unesp não poderá ser realizada, já que só podemos realizá-la na parte da tarde e, infelizmente, a escola não pode ceder um funcionário para nos acompanhar. Assim, ficamos impossibilitados de levar as crianças enquanto alunas da escola.

Entendemos a resposabilidade da escola e compreendemos que será muito complicada a organização desse passeio. Mas quem sabe, em um futuro próximo, não proporcionamos um novo momento unespiano para essa turma.

Avisamos as crianças todos sobre nosso cronograma. Nos dias 27 e 28 de novembro, retornaremos à escola para mostrar nosso site e pedir a opinião delas, afinal o site é delas e para elas!

Aproveitamos para cobrar a participação delas em nosso blog e em nosso orkut.

Ficamos todos na espera para a realização das futuras atividades!!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Mais um passo à escola

Nesta semana, recebemos o parecer favorável da Diretoria de Ensino de Bauru para darmos continuidade a nossa pesquisa na escola com as "nossas crianças". Assim, estamos a um passo de agendar as datas para realizarmos a análise de nosso webjornal com a turma da 5ª série. Agradecemos, portanto, a compreensão e o reconhecimento na validade de nossa pesquisa.

Apesar da falta de contato nestes 4 meses com os alunos, esperamos que eles estejam ansiosos para ver o resultado do site que eles ajudaram a construir a partir de nossas observações e análises, realizadas, em conjunto, no semestre passado. Além disso, estamos ansiosos para ver como nosso site será recebido pelas crianças e se vamos atingir nossos objetivos.

Mas ainda temos uma longa caminhada pela frente...O site ainda precisa ganhar a "cara" de um webjornal infantil, além das definições editoriais sobre o seu conteúdo. Nossa equipe está trabalhando muito para que os interesses das crianças estejam representados nesse site.

Enquanto aguardamos essa etapa, temos que tomar algumas decisões. A principal envolve o local onde iremos apresentar o webjornal para que os alunos possam navegar nele. A Diretoria de Ensino e o responsável pela rede de informática das escolas públicas de Bauru e região nos garantiram que a conexão à Internet está mais rápida e que, dificilmente, enfrentaremos o mesmo problema que tivemos no mês de maio no laboratório da escola.

Para verificar todos esses dados, voltaremos à escola! Lá, vamos aproveitar para retomar o contato presencial com nossas crianças e conversar com a coordenadora sobre as nossas opções de uso do laboratório, bem como sobre a ida à Unesp, que como sabemos é uma vontade da turma.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Educação, diálogo e interação: reflexões

Em meio aos estudos e análises sobre a infância e a mídia infantil, em especial na internet, entramos em contato com a educação em ambiente virtual. Já deixamos claro que acreditamos no potencial educativo do jornalismo, por isso, é importante conhecer as estratégias que os sistemas educativos devem adotar para que o processo de ensino-aprendizagem, via tecnologias digitais, também seja eficiente.

São muitas as discussões que envolvem a educação à distância e não nos cabe aqui entrar nesse debate, porém reconhecemos a importância desse novo modelo de educação na formação de novos estudantes e profissionais, que se apresentam com novos perfis.

Como já conhecemos um pouco do perfil da nova infância, a da Geração Net, o contato com essa educação se faz presente, mesmo que de forma informal. No entanto, é importante que haja uma instrução dos usuários para que a utilização desse sistema realmente contribua com conteúdos de qualidade, além de instigar a participação dos educadores e educandos, uma vez que a educação é um processo dialógico.

Em nossos estudos, estamos na defesa desse diálogo para uma comunicação efetiva da criança com os produtores de uma mídia digital para a infância. É claro que as possibilidades são muitas no ambiente virtual, mas não devemos perder o foco na interação entre os usuários, de forma a contribuir para a troca de informações e construção coletiva do conhecimento.

Ao pensarmos no webjornal infantil com seu papel informativo e interativo, damos apenas um passo diante das possibilidades que o ambiente virtual nos oferece. Porém, precisamos de mais estudos e testes para investigar a eficiência das propostas educativas, comunicativas e tecnológicas das mídias digitais. Esse é o grande desafio que o atual cenário nos propõe e devemos refletir sobre...

Em relação ao andamento teórico-prático de nossa dissertação, na próxima semana, agendaremos nossa ida à Diretoria de Ensino para buscar o parecer ao nosso projeto e, assim, dar continuidade à pesquisa com as nossas crianças.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

PARABÉNS!

Nesta semana, comemoramos duas datas muito singulares para nossa sociedade e que, inegavelmente, estão relacionadas a nossa pesquisa. O Dia das Crianças e o Dia dos Professores merecem, portanto, destaque em nossa postagem de hoje.

Em primeiro, o que seria de nossa pesquisa sem as nossas crianças? Afinal, estamos preocupadas com o bem-estar social e informacional de nossa infância. Por isso, muito mais do que brinquedos e festas no Dia das Crianças, esperamos que haja debates e pesquisas em prol da qualidade de vida dos pequenos, que, em muitos casos, são marginalizados e excluídos da participação social.

Como também acreditamos na Comunicação Participativa como forma de estimular o diálogo da mídia com o público infantil, esperamos que novas práticas comunicacionais se somem aos produtos midiáticos para crianças, a fim de que elas tenham um espaço adequado a suas características, interesses e necessidades.

Reconhecer o dia 12 de outubro como o Dia das Crianças é válido, porém, são nas atitudes diárias para com a infância que mostraremos, também a elas, o valor e o potencial que têm para transformar e construir uma sociedade mais solidária.

E, o que falar da importância dos professores para a formação dessas crianças e de nós, adultos? O dia 15 de outubro é apenas uma referência, pois o trabalho diário do professor é digno de reconhecimento e muitos aplausos.

Assistindo, ontem, à reprise da premiação “Professor nota 10”, na TV Cultura, percebi quantos educadores ainda estão estimulados para transmitir o melhor, de forma diferente e criativa, para suas turmas, atuando em sua aprendizagem, não apenas com conteúdos escolares, mas para sua vida.

A esses professores premiados e a todos aqueles empenhados em renascer o valor da educação como formadora, meus agradecimentos e minhas felicitações pela semente de esperança que plantam em nossas crianças e no sistema educacional de nosso país.

Pensando que o jornalismo também tem essa função educativa, esperamos que os profissionais da mídia possam compartilhar dos mesmos ideais que muitos educadores transmitem em seu trabalho cotidiano, dentro e fora da sala de aula. Como a mídia está presente na casa de nossas crianças, é importante que ela também seja uma professora (é verdade que bem diferente dos modelos tradicionais), uma educadora em potencial que leve informações de qualidade e responsabilidade sobre e para a infância.

Em meio a essas comemorações, continuamos na produção de nosso webjornal, articulando as teorias e as análises com nossas percepções sobre o que as crianças esperam e merecem receber em um site jornalístico, construído para elas, já que reconhecemos seu papel educativo.

Por fim, registramos nossos PARABÉNS às crianças e aos professores, na esperança de que, na repetição dessas datas, haja mais motivos para comemorar com mais notas 10 para todos que se voltam para a infância e para a formação de nossa sociedade.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Esboços iniciais

Mesmo esperando a autorização da Diretora de Ensino para prosseguirmos com a pesquisa com as crianças, reunimos nossa equipe de produção do site para traçarmos nossas metas.

Diante do desafio de construir esse webjornal até o fim de novembro, agradecemos o empenho e a dedicação de nossa equipe que, de maneira empolgada, está se debruçando conosco no universo infantil.

Algumas diretrizes quanto ao formato do webjornal já foram definidas, bem como apontamos as características necessárias para o que o site seja atrativo e adequado à nossa proposta jornalística, aos interesses e às necessidades do público infantil.

Para contribuir com nossas idéias, os desenhos das crianças, na fase anterior da pesquisa, são de extrema importância, pois apresentam elementos que podem e devem ser incorporados em nosso webjornal. Além disso, o contato com sites infantis tem nos mostrado possibilidades diversas de nos dirigirmos às crianças em meio a variedade de ofertas e temáticas.

Estamos apenas na fase inicial da construção e acreditamos que outros esboços virão até que o produto final esteja alinhado com as observações e análises aqui descritas e aquelas que ainda serão feitas até o fim da pesquisa. Além, é claro, a contribuição de nossas crianças neste ambiente virtual, assim como de todos que se interessam por nossa problemática.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Contatos e nova autorização

Para a continuidade de nossa pesquisa, estamos na fase de seleção de sites infantis para nossa análise exploratória, além de algumas definições para a construção do webjornal com a qual contamos com a colaboração técnica e gráfica de estudantes da Unesp.

Como retomamos nosso contato com a escola para viabilizarmos a atividade de verificação da eficiência do nosso webjornal experimental, deparamo-nos com a necessidade de solicitar a autorização da Diretoria de Ensino de Bauru para efetivarmos nossa pesquisa no laboratório da Unesp, uma vez que precisaremos retirar as crianças da escola para a realização da atividade, assim como fizemos em junho passado.

Diante dessa necessidade, elaboramos uma carta de apresentação à coordenação de projetos da diretoria, explicando as etapas da pesquisa, já realizadas, e os nossos objetivos futuros. Para pontuar melhor nossa proposta, levamos também para análise o nosso projeto de pesquisa e a documentação já apresentada à escola e aos responsáveis pelas crianças.

Estamos na espera de uma resposta afirmativa para darmos prosseguimento aos agendamentos de data e da documentação necessária para solicitar a autorização dos responsáveis pelas crianças e da direção para efetuarmos essa etapa da pesquisa ainda em novembro.

Antes de encerrarmos, em nossa breve visita à escola, encontramos uma de nossas crianças no pátio. Depois de mais de 3 meses sem nos encontrarmos, percebemos que somos reconhecidos e que a pesquisa ainda está no imaginário delas. Explicamos a ela que estamos nos organizando para levá-las a Unesp novamente. E, prontamente, ela respondeu: “que legal”. Mais uma vez, as crianças esperam ansiosamente por essa atividade. Antes de nos despedirmos, pedimos que ela avisasse aos amigos para participarem do nosso blog e do nosso perfil no Orkut.

Aguardamos, então, a manifestação infantil e o posicionamento da Diretoria frente a nossa solicitação de continuidade da pesquisa com os alunos da escola.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Algumas anotações

Como já conhecemos parte do universo infantil e de seus interesses na internet, precisamos levantar algumas discussões teóricas que nos tragam reflexões sobre sites, em especial sobre o webjornalismo.

Há algumas semanas, citamos o título de livros relacionados a essa temática. Depois da leitura dos mesmos, conseguimos traçar um perfil das características dessa mídia digital e de como o jornalismo se comporta nesse ambiente.

É claro que em nossa proposta de webjornalismo infantil, tais características precisam ser articuladas com os interesses e necessidades das crianças. Mas é fundamental conhecer mais pesquisas na área, de forma a nos ajudar na construção de um site jornalístico eficiente, que se utilize das ferramentas disponíveis na internet.

A questão da linguagem, formato das informações, valor das imagens, possibilidades hipertextuais e multimídias são pontos que vão nortear nossos trabalhos nos próximos meses, durante a construção do webjornal.

E, ao mesmo tempo, verificaremos como algumas dessas características estão presentes em sites infantis de forma a relacioná-las com o universo infantil que já conhecemos por meio das atividades realizadas no primeiro semestre. Mas também esperamos contar com a ajuda de nossas crianças nessa análise para que possamos observar como o público infantil recebe esses produtos midiáticos, veiculados para ele.

Em meio a todas essas atividades, já estamos dando os passos iniciais para a construção do webjornal. Precisamos ajustar os detalhes técnicos do laboratório e de hospedagem do nosso site e de cronograma com a escola para conseguir realizar mais uma etapa da pesquisa com as crianças ainda em novembro. E assim retomar nosso contato presencial.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A comunicação e sua proposta participativa

Nesta semana, um evento na Unesp levantou algumas questões que permeiam nossa pesquisa, como os conceitos de cidadania e democracia. Como propormos um webjornal infantil que atenda as necessidades e interesses das crianças, estamos relacionando-o com o Direito à Comunicação que esse público tem como cidadão e usuário de mídia.

No trabalho que apresentamos sobre Comunicação Participativa, a partir da proposta do teórico Mário Kaplún, discutimos a importância do diálogo entre produtores e emissores de informações para que haja uma comunicação horizontal que contribua para a formação crítica e cidadã de todos os sujeitos envolvidos nesse processo. A valorização dos receptores, enquanto alimentadores dos meios de comunicação, é fundamental para garantir o direito de comunicar, ao mesmo tempo em que promove a auto-expressão dos indivíduos, favorecendo seu protagonismo social.

Como consideramos o potencial infantil para criticar e opinar sobre a mídia, a qual têm acesso, acreditamos no modelo de comunicação participativa. Em nossa pesquisa-ação, há esse diálogo com as crianças de forma que elas participem da construção do webjornal, com suas indicações por meio das respostas aos questionários e dos desenhos.

É claro que o modelo de participação na mídia precisa de muitas reflexões que não se articulam diretamente ao objetivo central de nossa pesquisa. No entanto, discuti-la é fundamental para nossos estudos na área da Comunicação, além de levantar indagações para futuros trabalhos.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A arte das crianças (parte 2)

Nesta semana, retomamos a atividade realizada com as crianças no dia 29 de maio a fim de analisá-la mais detalhadamente e já pontuar algumas características para o nosso webjornal.

Naquele dia, as crianças expressaram por meio de desenhos como seria um site ideal para elas. A princípio, havíamos observado que algumas crianças desenharam sites que costumam visitar como o Google e o Orkut. E que outras elaboraram novas páginas, indicando o que gostariam que os sites tivessem.

Para fundamentar nossa análise, dividimos os desenhos em duas categorias: uma que englobou os desenhos que fizeram uma cópia, muitas vezes muito fiel, de sites já existentes; e outra que apresentou certas interferências infantis, seja em endereços de sites já existentes ou na criação de um novo site, propondo novos formatos e conteúdos.

A configuração da tela e do endereço dos sites está presente nos dois grupos, o que revela a familiaridade das crianças com a estrutura da WWW, já que os seus elementos estão gravados em suas memórias.

A utilização de cores e formas geométricas também caracterizou muitos desenhos. Observamos que as crianças seguiram certos padrões para dispor os elementos nas páginas, como as colunas que trazem as seções e links dos sites.

Em relação aos conteúdos reproduzidos ou solicitados em sites próprios (algumas crianças criaram o endereço do site com seus nomes e, até mesmo, com o nome da turma), verificamos mais uma vez o interesse pelo entretenimento, principalmente por jogos. As ferramentas de interação e pesquisa também são preferências infantis.

Além disso, percebemos a relação que elas estabelecem com outras mídias por meio da internet, principalmente com os ídolos teens da TV, e o fascínio que a multimídia exerce sobre elas, já que elas não se contentam apenas com textos em seus sites. Elas querem vídeos, músicas e fotos. O valor da imagem, especialmente a infantil, revela que elas querem ser representadas nos sites. Tal fato é confirmado pelos fotologs que muitas crianças mantêm atualizados na rede, além de seus perfis no Orkut que visitamos, já que muitas crianças já são amigas da Tia Mayra Ferreira nessa comunidade de relacionamentos virtual.

Dessa forma, as interpretações desses desenhos infantis, somadas com os questionários no qual observamos a relação das crianças com a internet, estão revelando novas características sobre esse universo infantil. Porém, ainda temos muito material a ser investigado para nos mostrar ainda mais interesses desse grupo de crianças da Geração Net. A arte das crianças continua...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Mais sobre crianças...

Há dois meses sem contato presencial com nossas crianças, estamos debruçados na análise dos resultados das atividades de pesquisa realizadas em abril, maio e junho. E para nos ajudar a entender um pouco mais sobre nosso grupo infantil, estabelecemos um contato inicial com as obras de Piaget e Vigotski.

Como nossa pesquisa é na área de comunicação, e a entendemos como um campo transdisciplinar, é importante que trabalhemos na interface com outras áreas do conhecimento, mesmo que de forma breve e complementar ao nosso objetivo maior.

Mergulhar nesse universo infantil, a fim de atender seus interesses, necessidades e expectativas, é uma de nossas metas. Por isso, a psicologia e a educação trazem reflexões fundamentais. Mas é claro que nosso foco continua sendo a comunicação, as tecnologias e o jornalismo, voltados para as crianças.

A construção do webjornal infantil experimental depende muito das análises já iniciadas e das que ainda virão. E, para que tudo esteja articulado à teoria e à prática, são essenciais novas leituras e reflexões, especialmente aquelas que nos ajudem a definir a infância.

Como também estamos em meio a leituras sobre jornalismo na internet, antes de encerrar, devemos fazer uma correção: o livro Modelos de Jornalismo Digital é organizado pelos autores Marcos Palacios e Elias Machado. O livro Cibercultura é que é de autoria de André Lemos.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Nosso site em conversa

Embora ainda faltem muitas análises para que comecemos a construção de nosso webjornal infantil experimental, nesta semana, dialogamos sobre nossa proposta com professores e alguns colegas que contribuíram para nossas reflexões.

Colegas, já especialistas na construção de sites, já nos deram um norte sobre computação gráfica e possíveis ferramentas que possam vir a ter grande utilidade e atratividade em nosso webjornal. Ao mesmo tempo, alertaram sobre o tempo viável para a elaboração e execução do site, visto que precisaremos do apoio técnico em muitas etapas.

Em relação à elaboração do webjornal, também iniciamos nossas reflexões sobre quais profissionais são necessários para que tudo ocorra de forma eficaz na continuidade de nossa pesquisa, em especial durante a validação do webjornal. Acreditamos que o livro “Design Instrucional Contextualizado”, de Andrea Filatro, possa acrescentar em nossas indagações sobre o webjornal e a etapa de sua construção.

Ao mesmo tempo, novas leituras sobre jornalismo digital se somam às anteriores, de forma a nos ajudar a abrir o leque de informações sobre o assunto e definir, de modo mais conceitual, nossa linha editorial. Os livros “Modelos de Jornalismo Digital”, de Marcos Palácios e André Lemos, e Jornalismo na Internet, de José Pinho, além de alguns artigos sobre cibercultura, certamente vão nos ajudar nessa tarefa.

Enfim, o tempo é de mais leituras, novas indagações e muitas reflexões...

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Momento de troca

Como convidada para ministrar uma palestra sobre indústria cultural para uma turma de Jornalismo, não poderia deixar de relatar nossa experiência com o público infantil. As crianças enquanto público-alvo de produtos midiáticos despertou a atenção e a discussão em parte da aula.

Os futuros jornalistas se surpreenderam quando relatei a experiência com as crianças no laboratório da Unesp. A idéia de um Orkut infantil também recebeu adeptos, já que alguns alunos não sabiam que o Orkut era proibido para menores de 18 anos. Outros alunos acrescentaram ao debate alguns comentários sobre os pequenos de suas famílias e como eles estão inseridos nas novas tecnologias, especialmente em produtos que não são totalmente direcionados a eles, como o Orkut e o MSN.

O desafio lançado a esses alunos foi pensar em propostas de mídias que estejam efetivamente condizentes com o público infantil. Na sala de aula, há alunos interessados nessa temática. Espero, de certa forma, que nossas discussões iniciais possam contribuir para futuros projetos e, quem sabe, até para a prática profissional desses comunicadores e jornalistas.

Além disso, nesta semana, estreitamos nosso contato com uma professora do Mestrado em TV Digital da Unesp. A disciplina que ela ministrará neste semestre “Educação em Ambiente Virtual” pode contribuir com nossos estudos e com a formulação de nosso webjornal experimental.

Nas próximas semanas, começaremos os estudos em relação à proposta da disciplina e acreditamos que as informações a serem compartilhadas na sala de aula, presencial e virtual, vão instigar ainda mais nossa pesquisa e de nossas colegas de classe.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Mídia para criança em pauta

Discussões sobre jornais, revistas, sites e blogs infantis marcaram esta semana de intensa atividade na Unesp. Como sede de eventos de Comunicação, a universidade foi o ponto de encontro de pesquisadores de todo o Brasil para debater políticas para a comunicação, em especial para a era da digitalização.

Já que nossa temática de pesquisa também trabalha com a comunicação na era digital para o público infantil, participamos ativamente dos encontros, expondo nossas indagações e análises iniciais sobre a problemática do jornalismo para crianças.

A experiência, até agora, com este blog foi relatada para que mais pesquisadores possam contribuir com nossos estudos, ao mesmo tempo em que o contato com pesquisas semelhantes nos ajudam a direcionar nosso foco e encontrar possíveis saídas.

Com a apresentação de uma análise da revista e do site da Recreio, realizada no ano passado, percebemos que o jornalismo infantil tem conquistado o interesse de jornalistas iniciantes, que, como nós, estão dispostos a se aventurar no universo das crianças, a fim de lhes proporcionar o contato com informações, cujo compromisso é com a educação, formação e participação infantis.

Novas indagações surgem quando nos confrontamos com novas idéias, experiências e aspirações de pesquisas. Mas também percebemos que estamos na direção certa, uma vez que podemos contar com o apoio e críticas construtivas de pessoas envolvidas e dedicadas ao estudo da Comunicação.

Quem sabe, este blog possa se tornar mais um espaço para essas discussões...

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Contribuições...

Como há muito ainda a se discutir em relação à nossa pesquisa, durante a semana, estabelecemos contato com alguns professores de outras áreas, como educação,psicologia e computação. Já que defendemos o diálogo entre várias disciplinas, acreditamos que novas informações sempre são bem-vindas para que nosso trabalho se concretize da melhor forma, promovendo um amplo debate.

As conversas com esses professores nos ajudaram a definir alguns caminhos e estratégias de análises, além das indicações de alguns livros que devemos ler ainda este mês. Já podemos citar a contribuição da psicologia do desenvolvimento para entendermos a relação de nossas crianças com a aprendizadem e, assim, com a nossa pesquisa, especialmente com o webjornal a ser construído.

Nas próximas semanas, teremos contato com mais pesquisadores que também discutem a infância, a comunicação, as tecnologias. Esperamos que essas discussões possam acrescentar em nosso trabalho e influenciar, de forma positiva, para o avanço nas pesquisas em Comunicação.

Em relação a nossas crianças e os resultados das atividades realizadas com elas, ainda estamos analisando-os para que, em breve, possamos ter uma primeira interpretação da relação infantil com a internet, no que se refere aos sites mais visitados pelas crianças.

Enfim, muito trabalho ainda nos aguarda...

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Fase de definições

Depois de quase um mês de férias, nossas crianças retornaram às aulas nesta semana. Mas, infelizmente, não tivemos contato com elas. Nossa relação, pelo menos por enquanto, continuará se dando no ambiente virtual, aqui no blog e em nosso perfil no Orkut.

Como não paramos as atividades da pesquisa, estamos analisando os dados e as discussões que tivemos com as crianças. Das primeiras impressões que tivemos sobre essa Geração Net aos desenhos de sites, opiniões sobre as informações da internet e visitas a sites, encontramos um universo infantil instigante e repleto de desejos e interesses a serem atendidos.

Com as respostas infantis e anotações sobre as atividades realizadas, temos, agora, que selecionar e analisá-las de forma mais científica, para que possamos construir um conhecimento sobre essas crianças e começar a desenvolver nosso webjornal experimental.

Muitas decisões sobre a dissertação estão sendo tomadas para que possamos nos aproximar de nosso objetivo final, além de estarmos, cada vez mais, conectados com as crianças da nova geração, a da infância digital.

Mais leituras, algumas análises, artigos e trabalhos semelhantes estão nos ajudando a construir um cenário, no qual possamos entender o jornalismo na internet, a interação e as necessidades infantis.

Conto com a colaboração de nossas crianças e de quem se interessar por essa aventura...

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Qual infância?

Em meio a mais leituras sobre nossa temática, encontramos um texto da revista Claúdia, do mês de junho, que discute a transformação do conceito de infância.

Como também estamos preocupados com o bem-estar de nossas crianças, é importante entender como elas vivem na sociedade atual.

O texto “Infância ontem, hoje. E amanhã?” trabalha com a noção de crianças sem rumo, infância roubada, terceirizada e sitiada, bem como sobre os meninos do Brasil. A partir de um resgate histórico sobre a noção de infância e entrevistas com especialistas sobre educação e psicologia infantis, debate-se as transformações sociais que atingem a infância.

A pressão por um futuro melhor, muitos cursos, problemas psicológicos e também a ausência da família no cotidiano infantil faz com que a infância contemporânea seja um fenômeno bem diferente dos séculos passados.

Hoje, encontramos crianças se comportando como adultos. As meninas se vestem e se comportam como verdadeiras moças. Assuntos somente de adultos não existem mais. Há um crescente consumismo atingindo essa fase da vida.

É claro que essas transformações têm seu lado positivo. As crianças estão mais autônomas, mas também sem muita referência. Elas têm mais liberdade, mas como fica a questão da proteção aos direitos das crianças?

Há muito ainda a se debater sobre a geração da infância do século XXI. E, nesse debate, esperamos contribuir com nossos estudos, ao mesmo tempo em que estamos em contato direto com parte desse universo.

A preocupação com a infância é secular. E urgente! Assim como qualquer fase da vida, ela precisa ser tratada com zelo e responsabilidade, sempre respeitando as suas características. Acreditamos que para conhecer a infância é preciso deixar de lado preconceitos e velhos conceitos. A nova infância é aqui e agora!

“O homem está no menino só que ele não sabe. O menino está no homem só que ele esqueceu” (Ziraldo). Pensemos nisso!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Mais leituras...

Antes de continuar a análise da pesquisa com as crianças e partir para nossa produção mais concreta, temos que aprofundar nossos conhecimentos sobre nossa temática.

Estudar o jornalismo, as características e linguagem da Internet e a relação homem-máquina tem sido nosso objetivo nesta semana. Entre muitos livros e conceitos, começamos a definir o que é válido para nosso trabalho e como relacionar as teorias com os resultados já obtidos com as crianças e, principalmente, com nossos objetivos iniciais.

Vale destacar também o contato que tivemos com um blog de uma quase jornalista da Universidade Federal da Bahia que está analisando sites infantis. Fico feliz em saber que o jornalismo para crianças está crescendo e que novas produções estão preocupadas com o público infantil.

Enquanto não nos voltamos para o jornalismo para crianças, continuamos nossos estudos, debates e análises. Aguardamos novas contribuições, principalmente de nossas crianças...que elas possam visitar nosso blog, como prometeram em seus recados no Orkut esta semana.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Novas discussões

Nesta semana, um novo livro complementou nossas indagações sobre a relação da tecnologia com a educação. “Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação”, de Vani Moreira Keski, traz uma discussão interessante sobre o uso das tecnologias com fins educacionais.

Ao entendermos o panorama, no qual se estabelece essa relação, pudemos verificar como as tecnologias não podem ser ignoradas na educação, já que há necessidade de se educarem as pessoas, as crianças inclusive, para o uso adequado de qualquer tecnologia.

Associando essa problemática com o universo infantil, percebemos que é fundamental que as tecnologias tenham um papel educativo, porque as crianças, como já estamos observando com nosso grupo de pesquisa, estão familiarizadas com as tecnologias, especialmente com a Internet.

Temos que deixar claro também que quando falamos de educação e tecnologia não relacionamos apenas ao papel da escola, mas ao papel da família, de empresas, do Governo e dos veículos de Comunicação, que podem promover o acesso e uso das tecnologias.

Já observamos que na realidade da escola de nossa pesquisa, embora haja a possibilidade de acesso com a sala de informática, os computadores não podem ser utilizados da forma como alunos e professores esperam. Resolver esse problema em particular ainda é uma meta de nossa pesquisa.

Como nossa proposta principal é elaborar um webjornal, não vamos esquecer que, de certa forma, ele deverá ter um papel educativo, porque sabemos que ele pode atuar na formação dessas crianças ao lidar com informações que as interessam. E, para isso, contamos com a colaboração de nossas crianças.

A relação das tecnologias com a educação rende muito mais discussão. Essa é uma breve exposição para que possamos aprofundar nosso debate, não só na dissertação, mas ao longo de nossa atuação profissional e cidadã, especialmente preocupadas com a formação da nova geração da infância.

Que novos debates possam surgir...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Um pouco de nossos sites infantis

Como já nos encontramos em “férias” e o período será dedicado à análise dos resultados já obtidos com a pesquisa com as crianças, definimos nossa primeira tarefa: identificar os sites que as crianças visitaram em seu passeio pela Unesp.

Com a ajuda do supervisor do laboratório, temos em mãos o histórico de navegação das crianças e também aproximadamente o tempo em que ficaram “brincando” nos sites. Apesar de termos toda a marcação técnica, como velocidade e capacidade de cada computador em cada site, vamos nos dedicar ao que indica o que agrada os alunos na Internet, ou seja, o que o endereço dos sites revela.

Comecemos nosso trabalho com os 100 sites mais acessados. Em um primeiro momento, temos que confessar que não conhecíamos muitos desses sites. Mas só pelo endereço do site, sem navegar neles, percebemos que prevalecem os sites de jogos. São 31 endereços que se referem diretamente a jogos.

Entre eles, o site Habbo foi muito visitado pelas meninas. Ao observamos esse site, durante a navegação das alunas, verificamos que nele há bastante interação, já que são as usuárias que escolhem todas as características de sua personagem para poder brincar, passear pelos ambientes do site. Por isso, ficamos com vontade de participar da atividade também...

Voltando para os números, o Orkut e o Msn, como já observamos, também estão entre os mais visitados. Como o Windows Live Messenger é bloqueado no laboratório, as crianças descobriram alternativas para fazer uso dessa ferramenta, como o site meebo. Os sites de busca, principalmente o google, destacam-se. Há ainda muitos sites de imagens, principalmente do google.

Um site que nos chamou a atenção, nesse top 100, foi o gostodeler, o que indica que as crianças não buscam apenas se divertir na Internet. Alguns sites sobre televisão, novela e famosos estão nessa lista, reforçando o interesse infantil pelos meios de comunicação.
Assim, mesmo sendo um pouco precipitados, sabemos que estamos na direção certa com a intenção de construir um jornal para crianças na Internet.

Nas próximas análises, esperamos obter mais dados que reforcem nossa observação e nos ajude a delimitar os sites infantis que serão analisados para identificarmos sua relação com as crianças e os conteúdos presentes. Ou, até mesmo, resultados que nos façam mudar de direção para estarmos mais próximos dos interesses infantis.

Às crianças que passarem por aqui durante as férias, esperamos que estejam se divertindo...e, quem sabe, conhecendo novos sites infantis. Aguardo os comentários e recados em nosso Orkut Tia Mayra Ferreira.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Agora, "férias"...

Depois do divertido e gratificante passeio à Unesp, encontramo-nos com os alunos em seu ambiente diário, a sala de aula. Explicamos que realizaríamos nossa última atividade do semestre.

Relembrando a finalidade de nossa pesquisa, a construção de um jornal infantil na Internet, precisávamos conhecer o que as crianças esperam desse webjornal. Para isso, um questionário de 5 perguntas foi respondido pelos alunos.

Entre as questões, perguntamos se eles costumam ler algum jornal ou revista, o que gostam de ler e quais assuntos não poderiam faltar em um jornal para crianças. Pensando na participação infantil como fundamental para a interação, precisamos saber como elas gostariam de participar desse jornal, assim como o visual para atraí-las.

Como já realizamos uma atividade de desenho infantil, pedimos que desenhassem ou escrevessem o que não poderia faltar no visual desse webjornal. Alguns alunos desenharam seu webjornal, mas a maioria preferiu escrever os temas que não podem faltar, como as seções e janelas do site.

Porém, antes de apresentarmos os resultados dessa atividade, temos que fazer o levantamento dos sites navegados pelas crianças na dinâmica do laboratório da Unesp. Faremos isso nas próximas semanas para que assim possamos relacionar as preferências infantis com o que esperam de um webjornal.

Em nossa despedida do semestre, talvez os alunos não tenham gostado de saber que ficaremos um bom tempo sem nos encontrarmos. Eles entrarão em férias e nós vamos nos dedicar aos dados e resultados desse contato de dois meses com o universo infantil.

Espero que as ferramentas de que eles tanto gostam sejam nosso canal de comunicação durante esse período de ausência física. Este blog e nosso perfil no Orkut (Tia Mayra Ferreira) serão o ponto de encontro para nossas conversas e discussões sobre a pesquisa.

Boas férias!!!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Um dia especial!

As crianças esperavam ansiosamente a manhã de ontem. Na sala de aula, não viam a hora que o ônibus chegasse e que pudessem ter uma manhã muito divertida. A ida à Unesp era uma verdadeira excursão, com direito a lanches, músicas e brincadeiras no ônibus.

No caminho, explicamos que iríamos direto ao laboratório e não poderíamos conhecer toda a Unesp, porque o ônibus não podia nos esperar e, na escola, ainda teriam as duas últimas aulas.

Assim que chegamos à Unesp, pudemos ver olhos brilhando e sentir uma alegria que, sem dúvida alguma, nos contagiou.

Durante a caminhada até o laboratório, eles se encantavam com a Unesp. Alguns olhares de universitários tinham aquela pergunta: o que essas crianças estão fazendo aqui? Afinal, não é sempre que vemos 34 crianças uniformizadas em grupo andando pelo campus.

Já no laboratório, aquele corre-corre para escolher um computador. A responsável pelo local já tinha organizado e conectado todos os computadores. Acredito que ela nunca viu aquele laboratório tão lotado.

Apesar da exaltação infantil, elas ouviram todas as orientações da atividade e escolheram um site que gostam para navegar. Vibraram muito quando autorizamos a entrada no Orkut. É impressionante como esse site de relacionamento agrada essas crianças.

E para entrar nesse clima, criamos um perfil no Orkut para aumentar nosso nível de interação com elas. Tia Mayra Ferreira é nosso nome nesse site. Alguns já nos adicionaram. A partir de agora, temos mais um canal de comunicação para nos auxiliar a trocar idéias sobre a pesquisa.

Voltando para a livre navegação na Internet, percebemos que as crianças estão mais do que à vontade frente a essa tecnologia. Conhecem muitos caminhos e possibilidades na rede.

Para que registrássemos essa experiência, além das fotos, pedimos que eles respondessem um breve questionário sobre seu contato com o site escolhido. O que gosta, o que não gosta, o que faz no site foram algumas das questões respondidas.

Ainda não tivemos o acesso às respostas, já que a responsável e o supervisor do laboratório vão organizar a pasta com os questionários e baixar o histórico de navegação das crianças. Assim que tivermos essas informações em mãos, registraremos aqui alguns dados.

Quando avisamos que nosso tempo acabou, elas não gostaram. Se pudessem queriam passar a manhã toda na frente do computador. Mas como era hora do intervalo, seguindo o horário escolar delas, a cantina da Unesp foi nossa próxima parada.

É claro que a dona da cantina e os universitários, que lá estavam, estranharam aquelas crianças escolhendo lanches, sentando nas mesas. Já para elas, o momento era novidade e queriam aproveitar cada instante.

Depois do lanche, retornamos ao ônibus. O caminho de volta foi pura alegria. Jamais esqueceremos os sorrisos e agradecimentos das crianças quando chegamos à escola. Quem sabe no próximo semestre não repetimos a experiência com um tempo maior para que possamos apresentar outros locais da Unesp a elas. Acreditamos que irão adorar. Mas deixamos a idéia no ar...

Aproveitamos para agradecer a paciência e ajuda da professora de Língua Portuguesa e do Murillo, o técnico de informática da pesquisa, que nos acompanharam no passeio. Também agradecemos a técnica e o supervisor do laboratório da Unesp pelo trabalho que tiveram para organizar essa atividade.

Agora, nosso próximo e último encontro será na sala de aula na quinta-feira, dia 26. Esperamos encontrar as crianças com a mesma empolgação...

sexta-feira, 13 de junho de 2008

A espera...

Há uma semana de nossa ida à Unesp, encontrei-me com os alunos e eles estão ansiosos: 23 crianças já me trouxeram a autorização! É nítida a empolgação deles para essa visita.
Na próxima semana, na segunda e terça-feira, voltarei à escola para buscar as restantes e tirar dúvidas de pais sobre a pesquisa.
Na Unesp, já está tudo acertado com o laboratório, onde cada criança poderá acessar a Internet em uma máquina. Assim poderemos verificar os interesses de cada um individualmente.
Mas enquanto o momento esperado não chega, vale contar sobre um encontro com uma das crianças...
É engraçado como elas têm identificação conosco e com a pesquisa. Em uma loja no centro de Bauru, encontrei uma das alunas que achou que eu não me lembraria dela. Quando me viu, ela se aproximou e falou: "eu sou uma das alunas da pesquisa, sabe?" e eu respondi que lembrava dela sim. Sem que eu falasse sobre a autorização, ela disse que o pai já tinha assinado e que levaria para mim na escola.
Já é muito gratificante perceber que as crianças criaram laços com a nossa pesquisa, uma vez que entendemos que a interação entre pesquisadora e sujeitos da pesquisa, no caso nossas crianças, é válido para que possamos compartilhar experiências e construir algo novo: o nosso webjornal infantil!
Aguardando o dia tão esperado, ficamos por aqui...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Crianças, provas, Unesp

A princípio está decidido como será a etapa de nossa pesquisa em um Laboratório de Informática!!As crianças irão ao campus da Unesp no dia 19 de junho, no horário da aula, acompanhados da professora de Português.


Para que tudo aconteça como estamos planejando, os pais de todos os alunos precisam assinar a autorização! Todos, uma vez que a direção da escola somente vai autorizar a saída das crianças com essas autorizações....da mesma forma, nós esperamos que os pais compreendam o interesse infantil pela Internet e permitam que eles vivenciem a experiência de um dia na Unesp!!


O contato com as crianças hoje mostrou o quanto eles já estão esperando esse dia...muitas comentaram que nem conhecem a Unesp. Mas infelizmente nosso trabalho no campus será realizado no laboratório, porque não temos um tempo grande para apresentarmos a Universidade a elas. Quem sabe em outra oportunidade!!!


Bom, aguardando a data dessa atividade prática de nossa pesquisa, continuamos mergulhando no universo infantil....e para relembrar o tempo da escola e, principalmente das provas, deixo uma Oração que uma amiga aprendeu em sua escola há uns 8 anos....


"Menino Jesus Querido

Vestido de Azul Celeste

Vou fazer a minha prova

E o Senhor será meu Mestre

No meu ouvido baixinho

O Espírio Santo dirá

As coisas que eu não souber

O Senhor me ensinará"


Encerramos o texto de hoje com essa mensagem...que talvez possa ajudar nossas crianças em suas provas de fim de semestre!


sexta-feira, 30 de maio de 2008

A arte das crianças

Enquanto não podemos ter o contato direto das crianças com o computador e a Internet, avançamos na pesquisa em sala de aula a fim de conhecer a relação que as crianças estabelecem com os sites que visitam.

Pensando no desenho infantil como marca de expressividade e estímulo à criatividade, pedimos que os alunos desenhassem em uma folha em branco um site, indicando com cores ou não, aquilo que eles gostam. Mesmo as crianças que disseram não saber desenhar expressaram por meio de palavras seus interesses em um site.

Entre os desenhos, temos aqueles que fizeram toda a marcação gráfica do site, como a barra de ferramentas e os endereços. Também há as seções dos sites, tendo como foco os assuntos que estariam linkados à página inicial.

Com relação aos assuntos, prevaleceram os jogos infantis. A ferramenta de busca e pesquisa foi lembrada por muitas crianças. Até mesmo, uma desenhou o site do Google. Como já sabemos do interesse pelo Orkut, uma aluna criou um Orkut para crianças, já que o Orkut existente é proibido para menores de 18 anos. O MSN, o blog e o bate-papo também são seções que as crianças consideram importantes em um site infantil.

Músicas, vídeos e fotos também agradam as crianças. As notícias surgiram como links em alguns desenhos. Houve a sugestão de uma janela para escrever uma notícia. A interação com os usuários do site não foi esquecida. Em alguns desenhos, há a seção “Fale Conosco” e “Conheça quem fez o site”.

Observando essa atividade artística infantil, verificamos a diversidade de assuntos que as crianças gostam e como eles estariam representados em um site, de certa forma criados por elas. Confesso que me surpreendi com muitas idéias e com a expressividade dos desenhos infantis. Durante o período de criação, as fotos que tiramos exemplificam a dedicação e o interesse dos alunos pela pesquisa, sem esquecer, é claro, que estávamos nos direcionando para algo da realidade deles.

Depois desse exercício, voltamos nossa atenção para promover a interação da criança–máquina em um laboratório, quem sabe na Unesp. Na próxima semana, confirmaremos essa possibilidade. Que,a princípio, já agradou, e muito, às crianças!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Algumas soluções?

Muitos telefonemas, conversas e sugestões marcaram essa semana para que pudéssemos encontrar alguma saída para a continuidade da nossa pesquisa de campo, de acordo com os objetivos traçados.
Ainda não encontramos algo definitivo, mas acredito que, nos próximos dias, poderemos definir algo concreto. Assim, não mais veremos um pouco de frustração no contato com as crianças e seguiremos o caminho da pesquisa conforme o planejado, mesmo com um pequeno atraso em nosso cronograma inicial.
Aproveito para agradecer a compreensão da direção e da professora dos alunos com esse problema estrutural e, de certa maneira, adiantar que buscaremos uma solução para que outros pesquisadores e até mesmo professores da escola possam usar o laboratório de informática sem qualquer obstáculo.
Mas enquanto a solução definitiva não aparece, nossa pesquisa não pára. Um encontro com os alunos já está pré-agendado para a próxima quinta-feira! Esperamos encontrá-los com a mesma empolgação e que na sala de aula possamos realizar uma atividade que nos revele ainda mais seus interesses sobre a Internet.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Um pouco de frustração

Conforme tínhamos combinado, ontem, realizamos (ou melhor, tentamos) nossa primera dinâmica da pesquisa. Com a ajuda de um técnico em informática da Unesp, iríamos verificar os sites que as crianças gostam de visitar e o porquê.

Na semana anterior, já havíamos testado os computadores e a conexão do laboratório de Informática da escola. Ao todo, são 9 computadores para alunos e 1 para o professor, o qual não tenho acesso. Conseguimos conectar os computadores e estava tudo ok!

Como as crianças são em grupo de 34, para esta fase da pesquisa, dividimos a sala em dois grupos, de acordo com a ordem da chamada. Alguns ficaram chateados por terem que esperar mais 15 dias para participarem da dinâmica. Entendemos o porquê...eles pouco fazem atividades no laborário e como já verificamos na primeira fase da pesquisa, eles têm uma relação muito forte com a Internet e gostam de participar de atividades que dizem respeito a isso.

No laboratório, com os computadores ligados, as crianças em duplas começaram a acessar sites. Vale lembrar que não deixamos que eles entrassem no orkut, msn e blogs, embora esse fosse o pedido inicial da maioria. Quase 100% desse grupo entrou em site infantis que têm jogos....o site da Barbie também foi lembrado por 3 meninas.

Pedimos para que eles explicassem a escolha dos sites e nos respondessem o que agradava e faltava nos sites. Em um aquivo do Office, eles digitaram suas respostas. Só para constar que a linguagem adotada foi no estilo abreviado da Internet, como costumam se comunicar....

Mas para nossa surpresa e frustação dos alunos, 5 máquinas não conseguiram completar a conexão...em seguida, as outras também perderam o contato com a rede. Diante desse problema estrutural, interrompemos essa fase da pesquisa, apesar de termos verificado de certa forma alguns sites que agradam as crianças e porque elas prefiram acessá-los.

Para continuar essa fase da pesquisa que permite a navegação exploratória dos alunos, buscaremos alteranativas para conhecer ainda mais a relação e os interesses das crianças na Internet. Entraremos em contato com a escola e com Secretaria de Educação para resolver possíveis problemas de conexão que a rede da escola tenha com o programa Intragov.

No mais, esperamos que as crianças compreendam essa dificuldade e nos ajudem também a ver outras saídas para que a construção de nossa pesquisa continue com entusiasmo!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Debates sobre infância

Nessa semana, estive em São Paulo para participar de eventos de Comunicação. Eles foram importantes para discutir alguns pontos de minha pesquisa e receber contribuições de outros pesquisadores. A participação da criança na mídia digital foi o tema central de minhas apresentações, assim como a defesa da valorização do ponto de vista das crianças.
Os colegas que ouviram minhas reflexões puderam conhecer um pouco do meu trabalho e da proposta de construção do webjornal em colaboração com os interesses das crianças da pesquisa.
Além disso, pude divulgar este blog e espero receber comentários que possam ajudar no debate sobre a interação em um ambiente virtual. Alguns desses colegas disseram que vão indicar o blog para filhos, alunos e professores. Espero que isso aconteça para aumentarmos as discussões sobre o Jornalismo Infantil e sobre as crianças enquanto usuárias críticas de mídia.
Em relação ao papel educativo da mídia, nos debates, concordamos em aliar a educação e a comunicação para promover a reflexão e a ação das crianças também nos produtos de mídia. O papel da ecsola também foi lembrado para que haja uma maior relação das tecnologias, que tanto agradam a nova geração da infância, com os conteúdos escolares.
Assim, esperamos ter contribuído com nossa pesquisa para as discussões sobre infância e mídia digital, além de agradecermos as contribuições e os contatos com os novos colegas também pesquisadores. Nos próximos eventos de Comunicação, talvez possamos nos rever e compartilhar nossos resultados de pesquisa sobre o universo infantil e a mídia em seu cotidiano.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

As nossas crianças...

Bom, como já adiantei, o texto de hoje apresenta alguns dados sobre as crianças da pesquisa. No questionário, as perguntas tinham a intenção de conhecer um pouco mais as crianças e seu contato com a Internet.
Dos 34 alunos da classe, apenas 2 faltaram à aula no dia em que estive na escola, e, infelizmente, não responderam nossas perguntas. Verifiquei que todos os alunos têm acesso ao computador e apenas um deles assinalou que não tem acesso à Internet. Esses dados confirmam a tese de crianças eletrônicas, termo que usamos para nos direcionar a essa geração que tem contato, quase diário e na própria casa, com os meios eletrônicos, principalmente a TV e o computador.
A grande maioria dos alunos usa o computador diariamente para trabalhos e pesquisas escolares, divertir-se por meio de jogos e conversar com os amigos, via e-mail, MSN e Orkut. Ao questionarmos sobre o que falta na Internet, jogos e informações para crianças foram os itens que mais se destacaram. Isso nos ajuda a pontuar uma lacuna na Internet que nosso webjornal pretende preencher. A segurança também foi lembrada pelas crianças, já que no nosso primeiro encontro destacamos o perigo que a Internet traz, principalmente com a divulgação de fotos das crianças.
O Orkut e o MSN foram mais uma vez lembrados como atividades, das quais a maioria das crianças participa. O dado revela a importância que as crianças dão aos relacionamentos pessoais e sociais, via computador, o que favorece a discussão sobre interação em uma mídia digital e como podemos desenvolver novas ferramentas para promover essa tal interatividade – tão discutida em pesquisas e textos.
Para finalizar, perguntamos o que as crianças acham das informações da Internet. Entre as respostas, destacaram-se: “algumas boas e outras ruins”, “legais e interessantes” e “nem todas são verdadeiras, algumas são mentirosas”. Essas opiniões das crianças contribuem para definirmos o tipo de informação que elas buscam na Internet e o que esperam da mesmas, já que um aluno pontuou o aprendizado como importante a partir dessas informações.
Essa breve descrição de nosso grupo de pesquisa mostra que estamos nos relacionando com crianças antenadas com as tecnologias e que buscam principalmente se relacionar e se divertir em sites na Internet. E, esperamos descobrir um pouco mais sobre os interesses e as opiniões das crianças sobre sites infantis com a próxima etapa da pesquisa. Até lá, uma boa semana a todos!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

O primeiro encontro!

O primeiro encontro com as novas crianças, os sujeitos da pesquisa, já aconteceu. Na semana passada, a coordenadora da escola me apresentou a professora de Português da 5ª B. Muito simpática, ela permitiu que eu desenvolvesse a pesquisa com a classe durante sua aula nas quintas-feiras. Deixo aqui, então, já registrado meu agradecimento a você, professora!
Mas, e os alunos? No dia 17, em um contato de quase 15 minutos, pude me apresentar à classe e explicar brevemente o trabalho que faríamos juntos a partir desta semana. Esse momento foi necessário para entregar os termos de autorização para que os pais assinassem e, assim, as crianças participarem da pesquisa. Com o compromisso firmado entre mim e os alunos para trazer, no dia 24(ontem), os termos assinados, despedi-me.
A primeira impressão com a classe foi excelente. Já senti que vou me surpreender muito com essa nova geração da infância. Eles ficaram muito empolgados por trabalhar com a Internet. Confirmam, então, o que um autor americano, Dan Tapscott, fala da Geração Digital. Eles já nascem respirando tecnologias. Não posso negar que essa empolgação traz uma responsabilidade a mais para a pesquisa. E, espero que essa motivação continue assim durante todo o nosso trabalho.
Vamos, então, ao nosso primeiro encontro. Ontem, começamos nossa pesquisa em uma conversa descontraída (apesar da “intimidação” do gravador sob a mesa da professora). Depois de recolher os termos assinados pelos pais (faço um parêntesis aqui também para agradecer a confiança dos pais desses alunos e enfatizar que espero contribuir para a formação deles), discutimos a prática jornalística. Inacreditável, os alunos conhecem o lead, mesmo sem saber que esse é o nome que damos para as seis perguntas básicas de uma notícia – o quê, quem, quando, onde, como e por quê. As entrevistas também foram motivo de debate em nossa dinâmica. Em anos anteriores, parte da turma realizou um trabalho de jornalista-mirim ao entrevistar bombeiros.
Voltamos nossa discussão para os Meios de Comunicação e, assim como nas pesquisas anteriores, verifiquei que a televisão é ainda a fonte maior de entretenimento e informação para as crianças. Porém, acho que em breve isso pode mudar. Tendo como base esse grupo, já posso assinalar a presença do computador e da Internet em seu cotidiano com bastante freqüência. Quando começamos a discutir o que é Internet e sites, quase todos quiseram se manifestar. O Orkut e o MSN foram citados como práticas diárias na Internet. Nesse momento, tive que alertá-los sobre os perigos de invasão de privacidade e alguns riscos que o uso abusivo de Internet pode trazer para eles. Mesmo assim, a exaltação continuou.
Uma aluna questionou sobre como se faz um site. Já adiantei que esse é o problema de nossa pesquisa. Afinal, no fim do nosso trabalho, teremos um webjornal! E, para começar a estruturar as características desse site, preciso conhecer melhor cada um desses 34 alunos. Para isso, eles responderam um breve questionário sobre o acesso e o uso do computador e da Internet. No nosso próximo encontro aqui no blog, farei observações sobre as respostas das crianças. Já as fotos que tirei desse encontro, serão arquivadas para uso no trabalho final (esse é um dos compromissos com os pais).
Antes de encerrar nosso encontro, deixei anotado na lousa o endereço do Jornalismo para Crianças. A partir de agora, ou quem sabe antes mesmo desta postagem, as crianças já encontraram o blog e se sentiram à vontade para comentar. Como muitas delas também têm seu blog, espero encontrar essas novas crianças muitas vezes nesse ambiente virtual de relacionamento. Àquelas que passarem por aqui, aviso que nossos próximos encontros em sala-de-aula, ou melhor, no Laboratório de Informática, serão nos dias 15 e 29 de maio (se nenhum problema acontecer). Até lá, bons estudos para todos nós!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Uma nova viagem à infância

Inicio, a partir de hoje, mais um relato de uma viagem à infância. Sou uma apaixonada pelo universo infantil e pelo jornalismo. Assim, decidi em minhas pesquisas na graduação em Jornalismo e, agora, no Mestrado em Comunicação Midiática, ambas na Unesp de Bauru, estudar a relação das crianças como a mídia, pensando na formação crítica desse novo leitor a partir do contato com as informações da realidade. As pesquisas "Olhar da Infância: um relato da mídia impressa" e "Infância em papel: o jornalismo infantil no interior" discutiram o papel dos suplementos infantis para as crianças. Como defendo a participação das crianças na análise e produção de uma mídia atenta às necessidades informacionais e expectativas infantis, realizei pesquisas de campo com mais de 150 crianças de 10 a 12 anos entre os anos de 2005 e 2006. Como continuidade desses trabalhos, agora em 2008, começo uma nova pesquisa de campo com 34 alunos de uma escola pública em Bauru para entender sua relação com a mídia digital. Nosso objetivo final é construir um webjornal infantil, adequado às características e aos interesses informacionais das crianças. Com esta breve apresentação, começo o meu relato de pesquisa a fim de contribuir com a interação entre as crianças e a informação na mídia digital.