sexta-feira, 25 de julho de 2008

Qual infância?

Em meio a mais leituras sobre nossa temática, encontramos um texto da revista Claúdia, do mês de junho, que discute a transformação do conceito de infância.

Como também estamos preocupados com o bem-estar de nossas crianças, é importante entender como elas vivem na sociedade atual.

O texto “Infância ontem, hoje. E amanhã?” trabalha com a noção de crianças sem rumo, infância roubada, terceirizada e sitiada, bem como sobre os meninos do Brasil. A partir de um resgate histórico sobre a noção de infância e entrevistas com especialistas sobre educação e psicologia infantis, debate-se as transformações sociais que atingem a infância.

A pressão por um futuro melhor, muitos cursos, problemas psicológicos e também a ausência da família no cotidiano infantil faz com que a infância contemporânea seja um fenômeno bem diferente dos séculos passados.

Hoje, encontramos crianças se comportando como adultos. As meninas se vestem e se comportam como verdadeiras moças. Assuntos somente de adultos não existem mais. Há um crescente consumismo atingindo essa fase da vida.

É claro que essas transformações têm seu lado positivo. As crianças estão mais autônomas, mas também sem muita referência. Elas têm mais liberdade, mas como fica a questão da proteção aos direitos das crianças?

Há muito ainda a se debater sobre a geração da infância do século XXI. E, nesse debate, esperamos contribuir com nossos estudos, ao mesmo tempo em que estamos em contato direto com parte desse universo.

A preocupação com a infância é secular. E urgente! Assim como qualquer fase da vida, ela precisa ser tratada com zelo e responsabilidade, sempre respeitando as suas características. Acreditamos que para conhecer a infância é preciso deixar de lado preconceitos e velhos conceitos. A nova infância é aqui e agora!

“O homem está no menino só que ele não sabe. O menino está no homem só que ele esqueceu” (Ziraldo). Pensemos nisso!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Mais leituras...

Antes de continuar a análise da pesquisa com as crianças e partir para nossa produção mais concreta, temos que aprofundar nossos conhecimentos sobre nossa temática.

Estudar o jornalismo, as características e linguagem da Internet e a relação homem-máquina tem sido nosso objetivo nesta semana. Entre muitos livros e conceitos, começamos a definir o que é válido para nosso trabalho e como relacionar as teorias com os resultados já obtidos com as crianças e, principalmente, com nossos objetivos iniciais.

Vale destacar também o contato que tivemos com um blog de uma quase jornalista da Universidade Federal da Bahia que está analisando sites infantis. Fico feliz em saber que o jornalismo para crianças está crescendo e que novas produções estão preocupadas com o público infantil.

Enquanto não nos voltamos para o jornalismo para crianças, continuamos nossos estudos, debates e análises. Aguardamos novas contribuições, principalmente de nossas crianças...que elas possam visitar nosso blog, como prometeram em seus recados no Orkut esta semana.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Novas discussões

Nesta semana, um novo livro complementou nossas indagações sobre a relação da tecnologia com a educação. “Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação”, de Vani Moreira Keski, traz uma discussão interessante sobre o uso das tecnologias com fins educacionais.

Ao entendermos o panorama, no qual se estabelece essa relação, pudemos verificar como as tecnologias não podem ser ignoradas na educação, já que há necessidade de se educarem as pessoas, as crianças inclusive, para o uso adequado de qualquer tecnologia.

Associando essa problemática com o universo infantil, percebemos que é fundamental que as tecnologias tenham um papel educativo, porque as crianças, como já estamos observando com nosso grupo de pesquisa, estão familiarizadas com as tecnologias, especialmente com a Internet.

Temos que deixar claro também que quando falamos de educação e tecnologia não relacionamos apenas ao papel da escola, mas ao papel da família, de empresas, do Governo e dos veículos de Comunicação, que podem promover o acesso e uso das tecnologias.

Já observamos que na realidade da escola de nossa pesquisa, embora haja a possibilidade de acesso com a sala de informática, os computadores não podem ser utilizados da forma como alunos e professores esperam. Resolver esse problema em particular ainda é uma meta de nossa pesquisa.

Como nossa proposta principal é elaborar um webjornal, não vamos esquecer que, de certa forma, ele deverá ter um papel educativo, porque sabemos que ele pode atuar na formação dessas crianças ao lidar com informações que as interessam. E, para isso, contamos com a colaboração de nossas crianças.

A relação das tecnologias com a educação rende muito mais discussão. Essa é uma breve exposição para que possamos aprofundar nosso debate, não só na dissertação, mas ao longo de nossa atuação profissional e cidadã, especialmente preocupadas com a formação da nova geração da infância.

Que novos debates possam surgir...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Um pouco de nossos sites infantis

Como já nos encontramos em “férias” e o período será dedicado à análise dos resultados já obtidos com a pesquisa com as crianças, definimos nossa primeira tarefa: identificar os sites que as crianças visitaram em seu passeio pela Unesp.

Com a ajuda do supervisor do laboratório, temos em mãos o histórico de navegação das crianças e também aproximadamente o tempo em que ficaram “brincando” nos sites. Apesar de termos toda a marcação técnica, como velocidade e capacidade de cada computador em cada site, vamos nos dedicar ao que indica o que agrada os alunos na Internet, ou seja, o que o endereço dos sites revela.

Comecemos nosso trabalho com os 100 sites mais acessados. Em um primeiro momento, temos que confessar que não conhecíamos muitos desses sites. Mas só pelo endereço do site, sem navegar neles, percebemos que prevalecem os sites de jogos. São 31 endereços que se referem diretamente a jogos.

Entre eles, o site Habbo foi muito visitado pelas meninas. Ao observamos esse site, durante a navegação das alunas, verificamos que nele há bastante interação, já que são as usuárias que escolhem todas as características de sua personagem para poder brincar, passear pelos ambientes do site. Por isso, ficamos com vontade de participar da atividade também...

Voltando para os números, o Orkut e o Msn, como já observamos, também estão entre os mais visitados. Como o Windows Live Messenger é bloqueado no laboratório, as crianças descobriram alternativas para fazer uso dessa ferramenta, como o site meebo. Os sites de busca, principalmente o google, destacam-se. Há ainda muitos sites de imagens, principalmente do google.

Um site que nos chamou a atenção, nesse top 100, foi o gostodeler, o que indica que as crianças não buscam apenas se divertir na Internet. Alguns sites sobre televisão, novela e famosos estão nessa lista, reforçando o interesse infantil pelos meios de comunicação.
Assim, mesmo sendo um pouco precipitados, sabemos que estamos na direção certa com a intenção de construir um jornal para crianças na Internet.

Nas próximas análises, esperamos obter mais dados que reforcem nossa observação e nos ajude a delimitar os sites infantis que serão analisados para identificarmos sua relação com as crianças e os conteúdos presentes. Ou, até mesmo, resultados que nos façam mudar de direção para estarmos mais próximos dos interesses infantis.

Às crianças que passarem por aqui durante as férias, esperamos que estejam se divertindo...e, quem sabe, conhecendo novos sites infantis. Aguardo os comentários e recados em nosso Orkut Tia Mayra Ferreira.